As crianças chegaram no parque e largaram seus calçados ao lado de uma árvore, e os pais preocupados recolheram-os e advertiram:
_Tomem cuidado.
O verão tinha acabado de começar, o sol fazia aquilo que já era experiente: brilhava, a grama se intitulava verde e os ventos balançavam as folhas das grandes árvores.
Estela, mãe de Gabriel, tinha acabado de chegar, depositou sua bolsa em cima do banco de madeira e sentou-se; abriu sua bolsa que continha um protetor solar fator cinquenta, seu celular e alguns trocados para o sorvete. Gabriel de cinco anos, já havia corrido para o playground, afim de não perder tempo enquanto estivesse no parque.
_Gabriel, vem passar o protetor! - chamou Estela.
_Gabriel, vem passar o protetor! - chamou Estela.
O menino deu sua última descida no escorregador e correu em direção à sua mãe.
_Mas pra quê protetor mãe?
_Para você ficar protegido do sol, e não ficar queimado - respondeu a mãe enquanto passava o produto nos braços do filho.
_Protegido? A tia da igreja me falou que se eu orasse, Deus iria me proteger de tudo.
_Sim filho, Deus ensinou ao homem a receita desse protetor, para a gente passar na pele, e assim ele ta nos protegendo também - respondeu a mãe, terminando de passar no rosto do filho.
Ao terminar de passar o produto, o menino correu novamente para o brinquedo sem sequer prestar atenção na resposta que sua mãe lhe dera. Estela guardou o produto dentro da bolsa e pegou seu celular, discou o número de seu novo namorado e começou a conversar sobre o que mais gostava de cozinhar.
Aquela tarde de domingo, parecia tranquila, mães conversavam em sombras frescas, crianças brincavam no parque colorido recém reformado pela prefeitura e o senhor do sorvete chegava com seu carrinho e uma música infantil, a não ser por um carro que vinha em alta velocidade em uma pista que ficava de frente para o parque.
O motorista que vinha dirigindo esse carro estava embriagado e acelerou ao invés de frear, acertando em cheio o escorregador. Estela vendo aquilo jogou o celular no chão e correu em direção ao ocorrido, e chamou pelo nome do seu filho:
O menino saiu de baixo do carro com alguns arranhões na testa e respondeu:
_O protetor me protegeu mãe.
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